segunda-feira, 12 de abril de 2010

Novena - São Miguel Arcanjo


V. Deus vinde em nosso auxílio.
R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.

Ó Glorioso São Miguel, excelso Príncipe das Celestiais Milícias. Vós, a quem foi reservada a glória de ser o primeiro a pugnar pela honra do Senhor, e que, empunhando o divinal estandarte forte com o poder divino, exclamando: “Quem é como Deus?”, rápido como o relâmpago, debelastes os anjos rebeldes e os precipitastes nos abismos, alcançai-nos uma centelha desse zelo ardente, da Vossa inabalável fidelidade, para que também nós saibamos, ajudados por Vós, e fortes com o Nome de Deus, combater os seus e nossos inimigos e deles alcançar gloriosa vitória.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

Ó Glorioso Arcanjo São Miguel, Vós a quem o Senhor entregou a guarda da sua Igreja, e que constantemente velais sobre ela, dignai-vos ouvir as nossas preces em seu favor.

Vede, ó Arcanjo Excelso, que o dragão, que outrora já vencestes, embora saiba que jamais a poderá vencer, procura a todo custo combatê-la e persegui-la, ora espalhando o espírito de soberba entre os seus filhos, ora tentando com falsas doutrinas iludir o fracos e incautos, ora dirigindo todo seu furor contra o seu chefe visível na terra; Ah! Socorrei-a, reuni num só aprisco suas desgarradas ovelhas; tornai-as obedientes à voz do Pastor e, precipitando novamente o dragão aos infernais abismos, alcançai que a Santa Igreja, gloriosa e triunfante, se exalte cada vez mais, e que aumente sempre o número de cristãos, ricos em amor de Deus e Santidade.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

Ó Glorioso São Miguel, nosso Protetor amado, não rejeite nossas preces, e dignai-vos de aceitar benignamente os louvores que vos tributa o nosso afeto. Vós que possuis a ventura de gozar do Senhor, sem que jamais vos conturbe o temor de o perder, compadecei-vos de nós, que ainda no desterro e rodeados de mil perigos, tanto carecemos de auxílios, ajudai-nos nos combates desta vida e principalmente no momento terrível em que teremos de comparecer ante o Juiz Supremo! Ah! Valha-nos então o Vosso patrocínio, Ó Príncipe Celeste, para que, livres da chama do purgatório, possamos convosco gozar para sempre a inefável ventura de ver a Deus e possuí-Lo eternamente no Céu. Amém.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

Oração

Ó maior, ó mais humilde dos espíritos bem-aventurados, Arcanjo São Miguel, cuja divisa faz fugir os demônios e seus satélites, orai por nós! Obtende-nos o amor de Deus, o desprezo de nós mesmos, e o horror do pecado! Praticando estas virtudes, teremos a doce confiança de entrar na Pátria Celeste. No momento da terrível passagem, estai junto de nós Santo Arcanjo, que apresentais as almas a Deus. Que vossa espada afaste definitivamente o inimigo de nossa salvação, e gozaremos convosco a possessão eterna da Infinita Beleza. Amém.

Antífona. Foi feito silêncio no Céu enquanto o dragão cometia a batalha: e Miguel, pelejando com ele, alcançou a vitória, Aleluia.

Esteve o anjo junto ao altar do templo, tendo na sua mão um turíbulo de ouro.

Oremos:

Ó Deus, que distribuis com admirável ordem os ministérios dos Anjos e dos homens: concedei propício que a nossa vida seja fortalecida na terra por aqueles que Vos assistem e servem sempre no Céu.

Antífona. Príncipe Gloriosíssimo, Miguel Arcanjo, lembrai-vos de nós rogando sempre a nosso favor aqui e em toda parte, ao Filho de Deus. Amém.
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QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, cobri-nos com vosso escudo, contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o, Deus, instantemente o pedimos e vós, príncipe da milícia celeste, precipitai no inferno a Satanás e a todos os outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. São Miguel Arcanjo, protegei-nos na luta para que não pereçamos no tremendo juízo.
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Histórico da Quaresma de São Miguel Arcanjo

Uma tradição franciscana, a Quaresma a São Miguel Arcanjo é um tempo especial de oração e penitência...

São Francisco foi um santo que, na sua vida mortal procurava nutrir muito sua alma, para não esfriar o seu amor por Jesus, com um espírito de oração e sacrifício muito grande. Para tanto, ele realizava, por ano, três quaresmas, além de um outro período de jejum e oração em honra da Mãe de Deus, pela qual tinha um doce e especial amor, que ia da festa de São Pedro e São Paulo Apóstolos à festa da Assunção de Nossa Senhora. Foi de um modo muito especial que, na Quaresma de São Miguel Arcanjo, Deus coroou Francisco de graças abundantes, dentre elas a de marcá-lo em seu corpo, pelo profundo desejo de imitar ao seu Filho Jesus Cristo, com os sinais de sua Paixão. Todas essas quaresmas eram realizadas no Monte Alverne. (Alverne: “verna” vem de “vernare”, verbo utilizado por Dante e que significa “fazer frio”; gela.)

São Boaventura diz em sua Legenda Maior em seu capítulo 9, parágrafo 3 dos escritos biográficos de São Francisco: “Um vínculo de amor indissolúvel unia-o aos anjos cujo maravilhoso ardor o punha em êxtase diante de Deus e inflamava as almas dos eleitos”. Por devoção aos anjos, celebrava uma quaresma de jejuns e orações durante os quarenta dias que seguem a Assunção da Santíssima Virgem Maria.

São Miguel, sobretudo, a quem cabe o papel de introduzir as almas no paraíso, era objetivo de uma devoção especial, em razão do desejo que tinha o santo de salvar a todos os homens. Era do conhecimento de Francisco a autoridade e o auxílio que o Arcanjo Miguel tem em exercício das almas, em salvá-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retirá-las de lá.

Esse era o principal motivo pelo qual Francisco realizava sua quaresma e isso nos é relatado na legenda Terusina no número 93 de sua biografia, na qual o santo vai dizer, no ano de 1224, ano em visita ao eremitério: “Para honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma”.

(...) Quando o verdadeiro amor transformou o amigo de Cristo na semelhança daquele que ele amava, terminado os quarenta dias previstos no monte e na solidão, chegou a festa de São Miguel; e Francisco, homem evangélico, desceu do monte, trazendo a imagem do crucificado, não esculpida em tábuas de pedra ou de madeira pela mão de algum artifício, mas reproduzida em sua própria carne pelo dedo do Deus Vivo.

Francisco, para não se igualar a Jesus, que ficou quarenta dias e quarenta noites em jejum total, come ao final destes dias um pedaço de pão e bebe água, pois se achava indigno de se igualar a Jesus.

Fonte: Canção Nova

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